O que assistir na Netflix? #2 – Até o Último Homem

Demorou quase 10 anos para Mel Gibson dirigir um filme novamente. Apocalypto (2006) foi sua última aparição atrás das câmeras por um longo período (devido a polêmica que aconteceu na mesma época – o diretor e ator foi preso por dirigir bêbado e, enquanto estava em custódia, aparentemente fez declarações percebidas como anti-semitas e homofóbicas – e outras polêmicas que não citaremos aqui, para não fugirmos do assunto). Apesar do ator ter se defendido ao dizer que suas falas foram ditas em um momento de raiva e tiradas do contexto e, inclusive, pessoas próximas terem saído em sua defesa, a imagem dele ficou manchada por muito tempo.

Eu particularmente gosto muito do trabalho do ator/diretor (Paixão de Cristo é uma das melhores adaptações da história bíblica e de longe a mais ousada. Isso sem contar outros trabalhos como Coração Valente). E vê-lo retornando em um trabalho tão incrível me deixou muito contente. Em 2016, Mel Gibson dirigiu Até o Último Homem, indicado a seis Oscars em 2017. O elenco conta com a participação de Andrew Garfield (A Rede Social), Hugo Weaving (Matrix), Sam Worthington (A Cabana) e Teresa Palmer (Uma noite mais que louca).

O que assistir na Netflix? #2 - Até o último homem

Uma história inspiradora

Até o Último Homem é baseado na história real de Desmond T. Doss (Andrew Garfield). Ele foi um médico que se recusou a pegar em uma arma e matar, mas se alistou para o front durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, durante a Batalha de Okinawa, ele trabalhou na ala médica e salvou inúmeros soldados, sem dar sequer um tiro. A postura ganhou repercussão e Doss tornou-se o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana.

O que assistir na Netflix? #2 - Até o último homem

Apesar de alguns probleminhas no enredo, o filme é dirigido de forma primorosa. Além disso, conta com uma ótima atuação de Garfield. O trabalho excepcional da equipe de edição e mixagem de som (que garantiram dois Oscars para o filme) ajudou na imersão da batalha em Okinawa e a tomada do desfiladeiro de Hacksaw, uma zona importante para dominação do território japonês.

A história de Doss não foi fácil. Desde sua infância, passando pela origem da aversão à violência, até os minutos finais. Doss sofreu (e muito) por conta das suas crenças. Desmond faleceu em 2006, aos 87 anos, mas certamente, sua inspiradora história é uma ótima indicação!

Obs.: O filme teve sua estreia no Festival de Veneza e foi ovacionado pelos críticos, sendo aplaudido por dez minutos.

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