O que assistir na Netflix? #3 – Castlevania

Já é comum a galera da Netflix lançar conteúdos exclusivos de qualidade. Séries, filmes, documentários e toda a sorte de produtos. Tudo bem que nem tudo tem “aquele” grau de excelência, mas o saldo é pra lá de positivo. E não seria com essa franquia tão famosa dos games que errariam, não é mesmo?

A história

A série é baseada no terceiro game da franquia, “Castlevania III: Dracula’s Curse”, lançado em 1989. Ambientada na Romênia de 1476, no auge do domínio católico em solo europeu.

Vlad Tepes (Drácula) se apaixona por uma jovem alquimista que posteriormente é queimada viva em praça pública, acusada de bruxaria. Drácula ameaça toda a cidade, dizendo ao povo que ele voltaria com seus demônios em um ano. Seria um ano para eles pedirem perdão pelos pecados e buscar redenção.

Passado esse ano, o vampiro cumpre o prometido e volta, cabendo ao último herdeiro do clan Belmont, Trevor, combater mais uma investida do terrível inimigo. História básica e, até certo ponto clichê. Porém, extremamente funcional.

Ótima dublagem, sangue e violência

Apesar de ter apenas quatro episódios nessa primeira “season”, o carisma de cada personagem grita. Somos apresentados a um Trevor Belmont meio “de saco cheio”, amargurado por ter sido excomungado junto com sua família. E nos identificamos com isso. Drácula é mostrado de forma humanizada inicialmente, explodindo em ira logo em seguida. Tudo de forma medida, coesa e convincente.

A dublagem de altíssimo nível contribui demais para trazer o clima maduro, junto com as generosas doses de violência. Assim como os jogos, a série não é para crianças.

A pequena duração não atrapalha na imersão da história, que prende já no primeiro plot e não dá tempo do espectador respirar, deixando o “relaxamento” para os breves (porém ótimos) alívios cômicos protagonizados por Trevor.

Resumo final

Castlevania é uma grata surpresa. Qualidade muito acima da média, ótimo enredo e decisões corajosas dos roteiristas em abordarem, de forma bem explícita, a mão de ferro da Igreja sobre o povo europeu no século 14. Vale muito a pena.

Nota: Uma segunda temporada já foi confirmada, com o dobro de episódios da primeira.