Você deveria jogar #1: Remember Me

Damos início a mais uma coluna no PlayStorm! Um dia, estava conversando com um amigo sobre alguns jogos e ele me perguntou se eu já havia jogado Remember Me e se eu indicava. Na hora eu falei: “Cara, você deveria jogar!”. Depois daquele clarão na mente, veio a ideia e BUM!, nasceu uma nova coluna. Então essas matérias especiais vão servir para você que ficou com receio de jogar algum jogo (ou por algum outro motivo, claro), mas não deveria ter deixado de lado. 🙂

Vou começar exatamente com esse, Remember Me. Jogo produzido pela empresa francesa Dontnod Entertainment e publicado pela Capcom em Junho de 2013 para o PlayStation 3, Xbox 360 e Microsoft Windows. O jogo foi originalmente anunciado na Gamescom de 2011 com o nome Adrift e até aquele momento, sem publicador. Durante a conferência de imprensa da Capcom em agosto de 2012 durante a Gamescom, foi então reanunciado.

Eu lembro muito bem quando saiu o jogo e brotaram comentários na internet como “Capcom? Vai chegar cada fase em DLC?” ou “Mais um joguinho que a Capcom vai explorar”. Bem, sabemos como a empresa costuma tirar o máximo de lucro de seus jogos de uma forma pouco justa (Marvel vs Capcom 3 cof cof , Super-Ultra-Street Fighter 4 cof cof) e realmente quando vi o anúncio, fiquei bem receoso com o jogo (apesar do papel da Capcom, nesse caso, ser de publicadora).

Porém, comprei e dei start, sem preconceito (como deve ser feito) e o que experimentei foi, resumidamente, um jogo que tinha inspiração em outros, mas que soube inovar em alguns bons sentidos e me envolver com a história. Remember Me não é um jogo sensacional, mas algumas características do jogo fazem dele uma ótima menção no “Você deveria jogar”. Talvez, um dos problemas que o jogo enfrentou, foi ser lançado próximo a The Last of Us (PS3). Faltou o timing da produtora, mas nunca é tarde demais para jogar, não é?

Detalhe, não farei uma análise aprofundada. Apenas vou falar um pouco da história, indicar algumas coisas e o porque vale a pena jogar.

Fragmentos

O jogador controla Nilin (voz de Kezia Burrows, que emprestará a voz para a personagem Amanda Ripley no jogo Alien: Isolation), uma Memory Hunter (ou Caçadora de Memórias), nas ruas de Neo-Paris no ano 2084, um futuro distópico em estado de severa vigilância (referência ao livro 1984 de George Orwell). O ex-chefe de Nilin, Memoryeyes, apagou as suas memórias na tentativa de elimina-la. Ela agora precisa descobrir o porquê e como pode restaura-las de novo. O jogo começa com Nilin na Prisão da Bastilha, de onde escapa com a ajuda dos Errorists, um pequeno grupo de ativistas que são contra o Sensen.

Você deveria jogar #1: Remember Me

O Sensation Engine ou Sensen é um dispositivo digital, um implante pescoço em sua mais recente versão, que interage principalmente com os centros de memória do cérebro, mas também está ligada a outras partes. Ele foi originalmente inventado por Antoine Cartier-Wells, fundador da Memorize.

O objetivo do Sensen era para ajudar a reter, apagar e vários outros usos relacionados à memória. Apesar da visão original de Cartier-Wells, tempo e abuso da tecnologia deixaram a sociedade viciada na remoção de memórias desagradáveis ​​e na aquisição de novas recordações agradáveis​​. A maioria dos implantes são bem sucedidos, mas alguns corrompido deram vida a abominações semi-irracionais referidas como Leapers (saltadores).

Memorize

Memorize tornou-se um império através da tecnologia Sensen e se transformou em uma das empresas mais poderosas do mundo por 2084. Os grande problemas com o Sensen fizeram os Errorists forçar a Memorize a devolver o poder ao povo, mas até agora a batalha está sendo prejudicial para todos e forçou a corporação a apertar suas garras.

Você deveria jogar #1: Remember Me

Dadas as ferramentas certas, os dispositivos Sensen pode ser acessado por qualquer pessoa, a concessão da capacidade de adicionar, remover ou alterar memórias.

Em sua jornada para descobrir a sua identidade, Nilin deve lutar contra vários tipos de humanos, guardas e outras criaturas. Uma das criaturas que Nilin enfrenta em sua busca são exatamente os Leapers. Viciados em memória, são humanos comuns, mas por algum motivo eles consumiram muitas memórias de muitas pessoas diferentes, portanto seus Sensen se desintegraram e seu código genético se alterou, se tornando hostis. Seu único amigo e guia numa cidade onde todos pagariam caro pela sua cabeça é Edge, líder dos Errorists, que ajuda Nilin a cumprir as missões. Nilin é a mais poderosa Errorist, sendo assim, a mais poderosa arma contra a Memorize. E com seus poderes e habilidades, como roubar as memórias de outras pessoas, e até visualizá-las ou modificá-las, ela é a única esperança de livrar a humanidade do total controle.

Porque você deveria jogar?

Uma das coisas que mais me interessou no jogo foi a história. Como você pode ver, é uma temática um tanto complexa. Algumas surpresas ocorrem do meio do jogo para o fim, que são previsíveis em alguns momentos, mas muito bem executadas.

Os gráficos não são exemplares, mas atendem bem o que é esperado do jogo. Neo-Paris é linda e as tomadas que mostram a cidade no horizonte são demais. Mas em ambientes fechados o jogo peca em certos momentos. A mecânica do jogo lembra um pouco Uncharted ou Assassin’s Creed com Batman Arkham. Você escala os prédios até o objetivo usando toda a destreza de Nilin. A única diferença para os outros jogos que citei é que os caminhos durante a escalada ou onde você precisa passar, estão em amarelo, o que facilita (até demais) a vida do gamer. Para mim, é algo desnecessário. Sem contar a linearidade. As vezes você está dentro de um ambiente com inúmeras salas e corredores, mas você não tem opções, a não ser seguir pelo caminho pré-definido.

Você deveria jogar #1: Remember Me

Nilin é habilidosa, inclusive na arte da luta. As batalhas são no esquema bater, desviar e contra-atacar (como eu disse, Arkham). Mas a grande diferença é que você pode criar os combos conforme vai adquirindo os golpes e cada um, perfeitamente executado, te recompensa de alguma maneira. Por exemplo, você cria um combo com dois socos, um chute e esquiva, e você regenera um pouco a energia. É inovação simples, que faz a diferença. Sem contar que as lutas contra os chefes de fase são bem divertidas!

Falando em inovação

O melhor do jogo é com certeza a habilidade de Nilin acessar as memórias de seu alvo e altera-las, chamada de Memory Remixing (que certamente não preciso traduzir). Nilin usa esta habilidade para obter informações estratégicas, limpar a mente (toda ou apenas fragmentos) e até reescrever as memórias de eventos das pessoas. Essa interação é incrível e é um dos grandes motivos para jogar Remember Me.

Você deveria jogar #1: Remember Me

Memory Remixing

A trilha sonora, do compositor Olivier Deriviere, é um show a parte. Se você jogar, perceba que em alguns momentos a música apresenta algumas “falhas” na execução. Como se aos poucos fosse recobrando a memória, fragmento a fragmento.

Remember Me recebeu em média, a nota 7 nos reviews. Mas meu intuito aqui é esquecer o que a nota diz e curtir o que o jogo apresentou. Afinal, dessa vez, parece que a Capcom (mais por conta da Dontnod Entertainment) acreditou em um projeto com bastante potencial. E nenhuma DLC foi lançada destravando algo que já existia no jogo. 😛

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