Assistimos Attack on Titan (Parte 1)

Shingeki no Kyojin (“Avanço do Titã”) ou Attack on Titan, como é conhecido no mundo inteiro, foi criado em 2009 por Hajime Isayama.

Há décadas, a humanidade foi quase exterminada pelo súbito aparecimento de seres humanoides gigantes, conhecido como Titãs. Os Titãs são criaturas que, aparentemente, possuem pouca inteligência. Mas possuem uma força bruta quase insuperável. Têm como principal objetivo devorar seres humanos, sem nenhum motivo aparente para isso. Os sobreviventes da raça humana se refugiam em uma cidade-fortaleza protegida por três muralhas, onde vivem em paz até o aparecimento de um Titã colossal de 60 metros, que quebra a muralha externa, expondo os sobreviventes para serem devorados pelos Titãs menores. Com isso a elite especial de guerreiros chamados Tropa de Exploração é obrigada a lutar contra os Titãs em uma luta desesperada pela sobrevivência.

A história gira em torno de Eren Jaeger. Ele é um jovem morador de uma cidade localizada na parte periférica da muralha que presenciou o ataque do Titã colossal. Após isso, se junta a Tropa de Exploração para aprender a lutar contra os seres e vingar a morte de sua mãe que foi comida por um dos Titãs.

Shingeki no Kyojin tornou-se um sucesso comercial, com 50 milhões de volumes impressos até agosto de 2015. O lançamento do anime, em 2013, também foi responsável por um impulso na popularidade da obra, tendo recebido aclamação da crítica pela sua atmosfera e enredo.

Obviamente com todo esse sucesso, Attack on Titan não demoraria muito para chegar aos cinemas. Anunciado em 2011, e com previsão de lançamento para 2013, o filme em live action (atores reais) acabou sofrendo alguns atrasos. As filmagens iniciaram-se em 2014 e seu lançamento foi agendado para 2015. A expectativa era tão grande que um comercial transmitido em 2014 chegou a 5 milhões de visualizações no YouTube em apenas 4 dias. Anunciado em duas partes, Attack on Titan chegou aos cinemas japoneses em agosto de 2015. Tivemos a oportunidade de assistir à produção!

Eren, Sasha e Armin

Eren, Sasha e Armin

Attack on Titan (Parte 1) é um filme live-action foi dirigido por Shinji Higuchi, baseado no mangá homônimo. Uma das coisas que tivemos curiosidade é ver como o impressionante enredo seria adaptado e o que seria cortado para caber em 1 hora e meia de filme (sim, só isso). E é aqui que começam os problemas.

A história continua girando em torno de Eren, o mesmo encontro com o Titã Colossal acontece, mas sua motivação para lutar contra os humanoides muda drasticamente e acaba estragando a relação dele com outros personagens importantes. É tudo muito superficial no filme. Enquanto Eren no mangá é um protagonista de personalidade forte, muito pelo que aconteceu na sua infância e durante o ataque à sua cidade, no filme ele é fraco e demonstra isso a cada frame que passa.

Isso incomoda (e muito!). Além disso, o ator não ajuda muito na atuação. Parece que para demonstrar sofrimento ele precisa andar devagar, cambaleando e com cara triste. Todo momento que ele sofre é uma cambaleada. Atuação sofrível! Outro detalhe: nem todos os personagens importantes do mangá, estão presentes no filme. Temos Eren, Armin, Mikasa (uma das melhores personagens do mangá, sendo colocada um pouco de lado no filme), além de esfomeada Sasha, Jean e Hans. Novos personagens foram inseridos, como Hiana e Shikishima, mas que no fim, não agregam muito ao enredo.

Assistimos Attack on Titan (Parte 1)

Depois do ataque do Titã Colossal, o filme se arrasta até quase metade do seu tempo sem ação, tentando focar no drama dos personagens e acaba deixando o enredo mais raso, com personagens sem carisma. E quando a ação volta, a Tropa de Exploração inexplicavelmente parece não saber como matar um Titã e nem usar o principal meio de se alcançar o ponto fraco deles, o equipamento de manobra tridimensional. A própria Hans, líder de tropa, se atrapalha com ele.

Os Titãs foram construídos com técnicas de computação gráfica (Tokusatsu), dando um toque realista à presença dos humanoides. Isso é um ponto positivo do filme, mas que não melhora muito no geral. E não sei se a parte 2 vai ter força para resolver os problemas do primeiro filme, que ainda falha em explorar os aspectos políticos e religiosos do mangá.

Se você conhece a série e quiser assistir ao filme algum dia, vá desapegado. Se você não conhece e ficou interessado pela história, eu indico a NÃO assistir ao filme. Primeiro leia o mangá ou assista ao anime. É fantástico. E você pode dizer que é óbvio que adaptações assim não funcionam, mas Rurouni Kenshin está ai para desmenti-lo…

Attack on Titan (Parte 1) chegará ao cinema americano em 30 de setembro. A segunda parte, intitulada Attack on Titan: End of the World, foi lançada no dia 19 de setembro no Japão. E chegará em solo americano no dia 20 de outubro. Ainda não há data definida para o Brasil. Mas a distribuidora FUNimation anunciou que adquiriu os direitos de transmissão do filme nas Américas (Central, Norte e Sul).

Veja o trailer:

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