Crítica – Batman: A Piada Mortal (2016)

“Só é preciso um dia ruim para reduzir o mais são dos homens a um lunático, essa é a distância entre o mundo e eu… apenas um dia ruim.” – Coringa

A Piada Mortal (1988) foi uma das mais marcantes HQs, pois quebrou alguns paradigmas na relação herói-vilão, até então simplista, trazendo uma trama muito bem formulada, transformando a obra em uma grande referência do Homem Morcego.

Quase 30 anos depois do lançamento da HQ, Batman: A Piada Mortal é a mais nova animação da DC, dirigida por Sam Liu (também responsável pela animação O Cavaleiro das Trevas – Partes 1 e 2).

Um dia ruim é tudo o que é necessário para transformar a vida de uma pessoa. Basta um dia desses para que uma pessoa completamente sã perca toda a sua sanidade. E adentre os caminhos da loucura. Uma tragédia pode mudar o rumo de tudo. E A Piada Mortal trata exatamente disso, quando explora a psicologia de Batman, Coringa e do Comissário Gordon. Porque Bruce se transformou no Batman, um ex-comediante no Coringa e o Comissário Gordon continua sendo o símbolo da sanidade? Qual é essa força que fez com que Gordon resistisse tão bem ao seu “dia ruim” e que faltou ao Batman e ao Coringa?

Crítica - Batman: A Piada Mortal (2016)

Diferente da HQ, a animação conta com um prólogo mostrando um evento antes da história original. Até porque seu conteúdo não seria suficiente para essa nova versão. Nele, vemos Batman e Batgirl (ou Barbara Gordon, importantíssima na história geral) lutando contra o sociopata Paris Franz, sobrinho do mais poderoso chefe do crime de Gotham. Essa parte da história pode soar polêmica para alguns fãs, pois mostra uma relação bem diferente entre Bruce e Barbara. Particularmente não me incomodei com isso, afinal, existem inúmeros conflitos internos nos dois personagens. Obviamente, não posso contar o que acontece.

A segunda parte da animação é exatamente como A Piada Mortal de 1988. Salvo alguns ângulos diferentes mostrados na HQ e pequenas alterações no cenário. Os diálogos inclusive são idênticos aos da publicação.

Crítica - Batman: A Piada Mortal (2016)

Concluindo

A dublagem é sempre um ponto forte. Contando com Kevin Conroy (que dubla o Batman desde a década de 1990, inclusive sendo a voz na série Arkham nos videogames) e Mark Hamill (o eterno Luke Skywalker) como Coringa. Aliás, para mim, Hamill é o grande destaque da animação, dando vida ao personagem de forma primorosa.

A trilha sonora é impecável, com direito ao Coringa cantando um ode à loucura. E mesmo quando não há nenhuma trilha, apenas o som da chuva, no momento mais esperado por mim na animação, A Piada Mortal (2016) conseguiu me deixar com a mesma sensação quando terminei de ler a primeira vez: surpreso com o desfecho.

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