Melhores discos de todos os tempos #14 – Arcade Fire – The Suburbs

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Mais uma edição da famosa coluna de segunda feira. Dessa vez pensei em escolher uma banda contemporânea. Procurei, procurei e achei o Arcade Fire na posição 161 da lista da famosa revista britânica NME. O álbum The Suburbs é o terceiro disco de estúdio da banda e ganhou Grammy Awards de melhor disco do ano, em 2011. Não tinha ouvido muita coisa dos canadenses e adianto, gostei bastante.

Saturday Night LiveO casal do Canadá

A banda, fundada em 2003 pelo casal Win Butler e Régine Chassagne, pratica um som indie bem peculiar. Não sou nem um pouco fã de bandas indies, que normalmente fazem um som repetitivo e chato pra caceta , mas que agradam em cheio os críticos. O caso do Arcade Fire é completamente diferente. Eles procuram uma sonoridade mais experimental, com um encaixe de vários instrumentos, mas sem perder a “simplicidade” do estilo. O dueto do casal em algumas faixas soa muito bem, dando certa grandiosidade às musicas. E em “The Suburbs”, essa sonoridade é levada ao máximo, mostrando toda a qualidade de composição e execução dos músicos.

O disco começa com a lenta (e bela) “The Suburbs”, que tem pianos e violões brilhantemente encaixados. Música extremamente relaxante, com ótimo desempenho vocal de Win Butler. Em seguida, temos “Ready to Start”, essa mais puxada pro rock indie clássico, mas sem deixar de conter elementos típicos da banda, como o piano e xilofone. “Modern Man” e “Rococo” mantem o ritmo e servem de introdução para o melhor momento do disco. Em “Empty Room”, temos uma introdução sensacional de violino e os vocais muito bem encaixados de Régine. A música vai crescendo, com uma pegada de bateria frenética, sempre “dobrando” com o violino.

O coral no refrão é outro ponto alto. Melhor faixa, em minha opinião. O disco diminui um pouco o ritmo, mas sem perder qualidade com as boas “City With No Children” e “Half Light I”. Já em “Half Light II”, vemos a banda bebendo diretamente da fonte dos irlandeses do U2, inclusive na linha vocal. Ótima inspiração que resulta numa ótima faixa. Outra faixa que merece destaque é “Suburban War”, que cresce de forma surpreendente no final. “Month of May” vem em uma pegada indie clássica, com acordes repetidos à exaustão. A banda novamente diminui o ritmo até o fim do disco, mas não sem uma grata surpresa. “Sprawl II (Mountains Beyound Montains)” é lindíssima. Dos vocais suaves de Régine, passando pelo clima “sci fi” do intrumental até o belo fechamento, tudo funciona perfeitamente. Ótima faixa.

Resumo final

Com uma sonoridade muito peculiar, o Arcade Fire mostra todo o seu potencial nesse álbum. Mesmo usando quase uma dezena de instrumentos diferentes, em nenhum momento eles ofuscam o foco principal: fazer um som simples, com qualidade e sem fugir do seu estilo. Recomendo sem medo.

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