Melhores discos de todos os tempos #8: U2 – The Joshua Tree

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Mais uma edição da coluna de toda segunda aqui no Playstorm. Hoje iremos falar sobre “The Joshua Tree”, disco mais do que conceituado dos irlandeses do U2.

Nunca ouvi muito U2. Sempre respeitei a banda, multi premiada e cultuada no mundo todo, mas nunca prestei muita atenção neles. Confesso que o lado Mr.nice guy do líder e vocalista Bono Vox sempre me irritou um pouco. E sempre achei igualmente babaca o pseudônimo usado pelo guitarrista, The Edge. Aí ouvi o disco e descobri que babaca sou eu.

Melhores discos de todos os tempos #8: U2 – The Joshua Tree

ONGs e protestos

O U2 sempre foi uma banda conhecida por letras marcantes. Bono Vox, o Mr. Nice Guy, sempre procurou criticar a violência contra as minorias em suas canções. Em “The Joshua Tree” não é diferente. O disco é o quinto registro de estúdio da banda e venceu dois Grammy Awards em 1988, sendo primeiro na parada de mais de 20 países e vendendo mais de 25 milões de cópias ao redor do mundo. A sonoridade, bem crua e cheia de influências de sua terra natal, é acompanhada por letras que alfinetam de forma bem poética os conflitos políticos e sociais dos EUA. Bono tem uma voz muito característica, o que sempre o destacou como vocalista. A interpretação dele nesse registro me surpreendeu (positivamente).

Melhores discos de todos os tempos #8: U2 – The Joshua Tree

Uma obra prima

O disco começa com a famosa e impactante “Where the Streets Have no Name”, com uma melodia crescente excelente. A música desperta gradativamente e de cara vemos a supra citada interpretação de Bono, simplesmente impecável nessa faixa. Em seguida, a manjada (e excelente) “I Still Haven’t Found What I’m Looking For”. Conheço muita gente que torce o nariz para essa música, fala que é “insossa” e eu discordo veementemente. Ela tem um clima sensacional de superação, de busca pelo objetivo maior acima de tudo. Encaixa muito bem na temática do disco. Continuando, temos “With or Without You” que é daquelas músicas quase que unânimes.

Você pode até dizer que não gosta dela, mas quando menos perceber estará cantando o refrão com o nosso amigo Mr. nice guy. O disco segue com a porrada “Bullet The Blue Sky”, música já coverizada pelos caras do Sepultura e na minha humilde opinião a melhor música do disco. Pesada, com um vocal fantástico de Bono, tem um ar de revolta perfeitamente encaixado com sua letra. O solo na medida de The Edge só acrescenta, deixando a faixa ainda melhor. Simplesmente sensacional.

Alto nível

Dando seguimento, temos “Running to Stand Still” que cumpre bem o seu papel, o que é algo e tanto num cd com nível tão alto. “Red Hill Mining Town” não é uma música brilhante, mas Bono novamente se destaca nos vocais, “subindo” no momento certo. Em “In God’s Country”, o destaque fica por conta de The Edge. O riff da música é ótimo, com uma levada country rock frenética. E quando a música “quebra”, os acordes de violão vem igualmente bons, fazendo a melodia transcorrer de forma perfeita. Agora, na minha opinião, vem um dos pontos mais altos do disco. Em “Trip Through Your Wires”, temos uma música com muitos elementos irlandeses e uma gaita espetacular, uma levada meio folk e uma letra mais “leve”, se comparada a temática do disco. Prestem atenção no final dela onde Bono se destaca, mais uma vez.

Nas três últimas faixas (One Tree Hill, Exit e Mother of the Disappeared), a banda mantem o mesmo nível mas diminui a intensidade, o que encaixa bem com o disco, com uma progressão muito bem direcionada. Finaliza uma verdadeira obra musical, com começo, meio e fim.

Melhores discos de todos os tempos #8: U2 – The Joshua Tree

Resumo final

Álbum fantástico de uma banda fantástica. Não é exagero falar isso de “The Joshua Tree”. O disco é uma verdadeira obra de arte, sem absolutamente nenhum percalço. Bono Vox é um grande vocalista, muito consciente de suas técnicas e seu timbre. The Edge é um guitarrista muito preciso e sem exageros, o que só engrandece sua performance. Obra prima.

Ps: Continuo achando o pseudônimo “The Edge” ridículo

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