PlayStorm Indica #7 – The Winery Dogs

Muita gente reclama que o mundo da música, principalmente no que tange hard rock e heavy metal, está saturado. Não surge nada novo, nada empolgante, é tudo “mais do mesmo”. De certa forma, os haters estão certos. Muitas bandas surgem no cenário mainstream e underground, mas 90% são genéricas. Uma reciclagem (normalmente mal feita) de algo que já existe faz tempo.

Dentro deste mar de cópias, sempre temos aquelas que se destacam por algum motivo. Seja pela qualidade na execução das músicas ou no talento individual de cada músico. “Mas as duas coisas não podem acontecer ao mesmo tempo?”. Tanto pode que aconteceu.

Shehaan, Kotzen e Portnoy

Sheehan, Kotzen e Portnoy

Power Trio à moda antiga

Formada em 2012 por Mike Portnoy (bateria, ex Dream Theater e Adrenaline Mob), Billy Sheehan (baixo, Mr. Big) e Ritchie Kotzen (guitarra e vocal, ex Mr.Big e Poison), o “The Winery Dogs” chamou atenção primeiramente pelos músicos, todos renomados no meio hard rock/heavy metal. Em 2013, lançaram o primeiro álbum (auto intitulado) e a primeira impressão é arrebatadora. Com influências que vão de Led Zeppelin e Cream até Alice in Chains e Soundgarden, o trio consegue misturar isso tudo e fazer algo soar como novo. “Mas seu infeliz, tu não disse que essa é uma banda que copia algo que existe? Como pode soar como novo?”. Calma p#%ra, já vou explicar!

O som do trio tem influências claras e evidentes, muitas vezes se parecendo muito com suas fontes de inspiração. Mas, cada músico tem características diferentes. Isso parece óbvio, mas não é bem assim. Vamos ao exemplo de Mike Portnoy. O baterista, sabidamente um músico de Prog Metal, sempre usou (e abusou) de quebras de ritmo e andamento, viradas e tudo mais que sempre esteve presente no som do Dream Theater. E ele, dentro do estilo da banda (com as influências já citadas), acrescentou o seu, com viradas e quebras. Óbvio, tudo de forma a encaixar com as influências pessoais de Kotzen e Shehaan, músicos de Hard Rock e AOR. Isso faz com que a banda soe única, mesmo fazendo um som comum aos ouvidos. Entenderam jovens?

Sobre o primeiro (e único) álbum lançado, fica até difícil apontar os destaques. O disco, como um todo, é excelente. Muito coeso e padronizado no que diz respeito à qualidade das composições e execuções. Mas, com muito esforço, separo “Elevate”, que para mim é a música que melhor resume o que disse sobre o som da banda.

Deem um conferida no clipe oficial da música:

Gostaram? Então, eu disse que a banda era boa. “Mas eu não gostei cara!”. Então…gosto é como aquela velha história de irmãos gêmeos em novela: Sempre tem o bom e o mau. (brincadeira)

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