Stranger Things: Quando menos é mais

Finalmente a 2ª temporada de Stranger Things chegou. E (ainda bem) manteve o nível da primeira, aprofundando o background e os laços de cada personagem. Na medida, sem exageros nem nada do tipo. E é exatamente esse ponto que quero ressaltar desse estrondoso sucesso da Netflix.

Simplicidade sem perder qualidade

Muitas vezes vejo pessoas defendendo séries com o argumento que são “complexas” e “cheias de plots”. Como se roteiro intrincado e complexidade (muitas vezes para disfarças um roteiro fraco) fosse sinônimo de qualidade. Eu sou do time que defende qualidade. E qualidade meus caros, independe de complexidade. Dependendo do viés e direcionamento do seu produto (seja ele série, filme, games ou até música), o famoso “menos é mais” cai muito bem.

Stranger Things tem uma simplicidade de encher os olhos. Nada de extrema complexidade ou grandes surpresas. Tudo é rapidamente explicado, o roteiro é linear (e sem buraco algum) e a trama é particularmente simples. O grande diferencial são os personagens e principalmente os diálogos. A forma como cada personagem interage com o outro, suas motivações e medos soam muito reais. É muito fácil comprar todas as ideias dos meninos, os traumas dos adultos e as dúvidas dos jovens.

Stranger Things: Quando menos é mais

Esse direcionamento da série ficou ainda mais claro nessa segunda temporada. Mesmo aprofundando mais nas motivações de cada personagem, dando “corpo” ao background dos mesmos, não fugiu do tom simplista. Tudo segue exatamente na mesma toada, leve, sem tropeços ou percalços. E o carisma dos personagens foi elevado à outro patamar, mostrando que é possível colocar densidade sem exagerar na complexidade. É uma linha bem tênue e exatamente por isso que a série é tão boa.

Eu sei, muita gente vai entender como se eu não gostasse de roteiros complexos, dando preferência para tramas mais “mastigadas”. Mas não se trata disso. Eu defendo o roteiro bem escrito, as motivações bem presentes. Não aturo roteiro com buraco disfarçado de complexidade, como no péssimo Donnie Darko. Mascarar uma falta de coerência na trama com plots sem sentido empobrece qualquer obra. É o famoso “enfeitar o pavão”: exagerar em algo que, por si só, já seria bom.

Stranger Things: Quando menos é mais

Resumo Final

A série dos irmãos Duffer dá uma aula de como se pode ter um produto de qualidade muito acima da média, sem exagerar em absolutamente nada.  Não é preciso nenhum “mind blowing”, nenhuma coisa de outro mundo (com o perdão do trocadilho) para se fazer uma ótima série. Uma ótima edição, excelente trilha sonora, motivações na medida, carisma altíssimo e atuações de destaque (principalmente das crianças) fazem com que Stranger Things seja uma das melhores séries da atualidade. Top 3, sem sombra de dúvidas.

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